Chevette “Xou da Xuxa” (Caldeirão do Xunning)

Salve amigos e leitores do Bizarrices Automotivas! Com um pequeno atraso de pouco mais de uma semana mostraremos hoje mais um carro xunado e cagado modificado pelo Lata Velha.

Elisa e seu “LudoMóvel”, um Chevrolet Chevette 1982

A história da vez é de Elisângela Fernandes, ou Elisa como é mais conhecida, moradora da cidade de Caxias-RJ e dona de um Chevrolet Chevette 1982. Elisângela é o tipo de pessoa que encara qualquer parada, uma pessoa “multifuncional” resumidamente falando. Ela dá aula de Educação Física, é auxiliar de enfermagem e animadora de festa. Enquanto vivia na maior atividade, o seu carrinho, coitado, era totalmente o inverso: depois de uma enchente, ele “morreu” afogado, de verdade! Tanto que o seu apelido era tétano móvel (se com um apelido desses já o torna um tanto “TENSO”, que dirá depois de uma enchente e fedendo mofo…). Mas como Elisa é determinada e não desiste fácil, ela mandou uma carta linda contando a história de amor com o seu carro encalhado.

Xuxa e Luciano Huck nos bastidores. Uma surpresa esperava por Elisa

Como fã incondicional de Xuxa, a equipe do Lata Velha bolou um plano (que milagre é esse que o Huck não deu idéia dessas vez???): eles prepararam uma festa e contratou a Elisa como animadora. O que ela não sabia é que esta não seria uma comemoração normal. As crianças só falavam inglês, jogariam o mágico na piscina e o pai, que é o próprio apresentador, era uma figura estranhíssima e se vestiu de Michael Jackson. Não entendeu nada? Então confira o desenrolar dessa história:

 Elisa chegando na festa: revista em seu equipamento e ficando assustada (mas rindo para disfarçar) ao ver o mágico sendo jogado na piscina

Enquanto Elizangela estava chegando ao local indicado, a equipe do Lata Velha foi até a casa dela buscar o seu fedorento “Tétano Móvel” (“TENSO”). Elisa, chegando ao local, logo percebe que não se tratava de uma festinha qualquer: logo de cara tem um segurança na porta e assim que a vê pede sua identificação e tem seu equipamento revistado, fora a comunicação com os demais “seguranças” em inglês, o que tornaria tudo um tanto estranho para Elisa.

Enquanto isso, a produção “ralava” na caça do Chevette de Elisa. Primeiramente foram no local mais óbvio, a casa dela, só que chegando lá viram que o carro não estava lá. Perguntando aos moradores da casa onde o carro estava eles indicam a casa de uma amiga. E lá vão eles atrás do carro (???). Chegando lá repararam que não havia ninguém lá, e muito menos o carro. Quando estavam quase desistindo eis que aparece o irmão dessa amiga, e uma vez tendo conhecimento da história ele leva a equipe a casa de um outro amigo. Mais um tempo depois eles chegam a casa do “Jorjão” (olhem as fotos e verão o porquê desse apelido). Chegando lá eles perguntam sobre o carro e logo tomam um “banho de água fria” ao saber que o carro foi vendido a um ferro velho (Imagina a cara da produção ao saber disso! FFFUUUUuuu…)!!!

Parte do “calvário” que a equipe do Lata Velha passou para encontrar o Chevette

Já na festa, a Elisa vai se mantendo como pode, eis que então surge o “pai” das crianças: Luciano Huck disfarçado de Michael Jackson! (“TENSO” [2]). A festa vai rolando e a produção atrás do “Cheva”. Eles até encontram o ferro velho, só que tomam mais uma “chuveirada gelada” ao saber que o carro foi vendido, de novo (FFFFFUUUUUuuu… [2])! De volta a festa, tudo vai conforme o planejado (ou quase). Se tudo desse certo, a sequência seria assim: o “Michael Jackson Big Nose” iria reunir todos para cantar parabéns, depois de brincarem muito, e antes de cantar parabéns, o apresentador iria se revelando (Ui!) aos poucos até Elisa saber que estava no Lata Velha, e finalizando eles iriam pra fora da casa para ela reencontrar seu mofado Chevetão. Até a parte dos parabéns deu tudo certo, mas cadê o carro???

Em tempo: a carta foi escrita em 2006 e a alguns meses antes do Lata Velha aparecer o carro fora vendido para um ferro velho. Ou seja: a equipe do Lata Velha se FFFUUUUU… legal atrás do carro, mesmo porque não prestaram atenção na data da carta (que na real nem tinha data!) e não sabiam de muita coisa a respeito do carro!

O “Cheva” enfim encontrado e levado até Elisa, que de tão feliz nem notou que deu uma “dedada” no olho de Luciano Huck

Depois de cantado o parabéns, do Huck falar a Elisa que o Lata Velha era com ela e de outras coisas mais eles foram pra fora, e nada do carro aparecer. Como o carro não apareceu os dois sentaram na calçada e ficaram conversando, com Elisa contando sua história. Mas quando ela fala que o carro foi vendido para o ferro velho (FFFFFUUUUUuuu … [3] Seria esse o primeiro Lata Velha sem carro? hehe)... E não para por ai: ao ouvir isso, Huck (que quase virou o “Hulk” de raiva) fica frustrado ao ver que esse poderia ser o primeiro Lata Velha frustrado da série, e pra não perder a chance, Elisa faz de tudo para não deixar Luciano ir embora (não sei o que é pior: o Huck se fazendo de brabinho ou Elisa se fazendo de criança para não perder a vez no Lata Velha… ¬¬” tsc tsc tsc).

Mecânicos fantasiados de Paquitas (acima) e Elisa iniciando o ensaio com o coreógrafo Fly (abaixo)

No final das contas, o Lata Velha foi com ela mesmo. Foi por sorte, pois depois de rodar quase a cidade toda de Caxias e produção consegue encontrar o carro. Elisa tinha vendido ele por apenas 100 mangos (!!!), e a produção comprou o carro de volta por, acreditem, 150 mangos (WTF O.o*). Carro encontrado, é hora de saber qual seria o King Kong desafio da vez neste episódio do Lata Velha: para ter o seu Ludo móvel (é assim que Elisa chama seu “Cheva”) de volta ela teria que interpretar nada menos que a Xuxa, com direito a quatro paquitas, neste caso seriam quatro amigas dela, cantando “Ilariê” no palco do Caldeirão, que neste caso será transformado no palco do antigo programa “Xou da Xuxa” de 1988 (Que trampo hein?!)!

Elisa na apresentação. Um tanto “TENSO”, mas bem feito

Feito as modificações no carro e a preparação de Elisa e suas paquitas, é chegada a hora da apresentação. E no palco do caldeirão estavam elementos do programa “Xou da Xuxa”, incluindo até a nave! (devia estar fedendo um mofo daqueles também O.o*). A apresentação até que foi boa, mas não é aquilo tudo não. Só que havia uma surpresa ao fim do grande mico da apresentação: depois da apresentação principal houve uma outra apresentação, e como Elisa não sabia de nada e já embalada com a festa logo entrou na farra, só que atrás dela, lá na nave, a verdadeira rainha dos baixinhos dava as caras! Sim meus caros amigos: Xuxa Meneghel aparecia para delírio de seus fãs e para felicidade de Elisa.

Xuxa surge “de surpresa” no palco do Caldeirão, para felicidade de Elisa e delírio dos fãs

E depois desta grande surpresa ela enfim recebe o seu “Ludo móvel” de volta, mas antes veja como era o Chevette 1982:

E veja como ficou:

Bem, por se tratar de um veículo que será usado para animação de festas infantis posso dizer que o trabalho ficou bom, mas em termos estéticos (ao nosso gosto mesmo) não deixa de ser uma baita bizarrice. Vamos as modificações, a começar pela carroceria: foi preparada e pintada com tintas especiais “Candy Camaleon”, faróis e lanternas da Japa Tunning e grade com filetes cromados, além de retrovisores com piscas embutidos da Metagal. O motor foi preparado para flex, com direito a injeção programável Fuel Tech, junta de cabeçote em aço e pistões forjados (aí eu curti :D).

Sistema de som Bravox com módulos de potência, subwoofers e rádio com DVD. No interior contem revestimento em pelúcia e alguns acessórios "tunning", com cores de gosto duvidoso e um belo neon azul cobalto, daqueles de deixar os olhos doendo por uma semana. Além de todos estes detalhes o carro ainda veio com um reboque que se transforma em um camarim móvel, ideal para as apresentações. Para mais detalhes deste carro clique aqui.

Veredicto: Como já dito lá em cima, o carro tá ótimo para apresentações infantis, mas para uso diário ficou chamativo demais, além de ter alguns itens de um tunning um tanto decadente. Bom, pra um “Cheva” que passou por uma enchente e foi vendido a um ferro velho por míseros cem reais, até que saiu no lucro (ou seria melhor morrer em paz?).

Nota do editor: acho que depois dessa verdadeira “bíblia” vou tirar umas férias. que acham? hahaha!

Até o próximo episódio do Caldeirão do Xunning aqui no Bizarrices Automotivas!