"Você quis dizer: Satanás"
Google sobre VW Santana
“Santana é calo lobusto sem concolente, nê!”
Chinês sobre VW Santana
"Aguenta mais de 500.000 km tranquilo sem abrir o motor!"
Taxista "Old-School" sobre VW Santana
“A exemplo de seu concorrente Monza, o novo Santana teve frente nova remendada na carroceria velha...”
Revista 0km (essa é véia, hein?!?) sobre VW Santana
“Vovô!!!”
VW Jetta para Santana
"Olha aí o Santana!"
Você ao ver um Jetta 2.0 2011
“Se eu achar um quilo de ouro puro, garanto que compro um desses para mim.”
Garimpeiro de Rondônia sobre VW Santana (ele conseguiu e comprou o carro, hoje em estado de sucata)
“Senhor, esse carro tem pôneis escondidos!”
Técnico após verificar a existência de mais 6 cv no motor de Santana 1.8 a álcool
“Tô puto... Nada se cria nesse mundo...”
Cantor Santana sobre VW Santana
“Era uma ótima viatura quando os bandidos só tinham Fusca como carro de fuga...”
Comandante Hamilton sobre VW Santana
Este post é patrimônio cultural do BA de acordo com a Unesco
Volkswagen Santana é uma velharia que atrasou o país por 22 anos um sedan de porte médio baseado no Passat (pronuncie como a Mônica Veloso: Paçá) europeu de segunda geração. Foi o primeiro carro da VW com condições de concorrer com os modelos de luxo da concorrência, como Monza e Del Rey, e posteriormente Vectra e Tempra. Hoje não serve mais nem como viatura ou táxi, só como carro de velhinhos, vileiros e mendigos mesmo.
CrossSantana, mas pode chamar de Santana Escroto mesmo...
Seu lançamento no Braçil ocorreu em 1984, após sete anos de paranóismo planejamento da Volkswagen, nas versões CS (Counter-Strike), CG (Ca Guei) e CD (Chupa Del Rey!; contava com câmbio automancático como opcional). Em 1985 chegou a vez da Santana Quantum of Solace, que trazia quatro portas num país onde imperavam as peruas de duas portas, como Belina e Caravan.
Santana Tecno II: visual "discutível"
Para quem acha que direção hidráulica progressiva e luzes-espia de LEDs são novidades, o primeiro Santana já tinha. Seu motor, 1.8 MD 270 (Motor Dará 270 problemas), rendia pouco, o que fez com que viesse o APzão furiosíssimo de alegados 99 cavalos com álcool, valor que evitava à Volkswagen pagar pau impostos mais elevados para o carro.
Em 1987, o Çantana passou por uma leve reestilização e a mudança na nomenclatura das versões, que passavam a ser CL (Carroça Lixo), GL (Grande Lixo) e GLS, destinados a todos os não-heteros. Vieram também o modelo 2000 (não era o ano, e sim a motorização 2.0) e as rodas que parecidas com as famosas Orbiteras...
Pika das galáxias!!!11
A nova versão de luxo sairia em 1990: o Santana Executivo, ou EX, simplesmente o modelo mais foda de todos os tempos, que nem era tão potente assim (125 cv, se bem que o AP 2000 atual de Polo, Golf e Jetta só tem 120 cv), mas que oferecia aerofólio traseiro com brake-light, nova grade semelhante aos VW'S alemães (lembre-se de que eram tempos de crise...), parachoques parcialmente pintados (porque não tinha tanta tinta no estoque da VW), lanternas queimadas fumês, antena de teto (o lugar original dela, no paralama dianteiro, era tapado por uma borracha), e as boas e velhas rodas raiadas da BBS 14", que ainda poderiam vir douradas. Assim como o Monza Hi-Tech, são poucas as notícias de exemplares remanescentes.
Patraum!!1
Finalmente houve uma reestilização maior em 1991, que introduzia frente e traseira novas, além de novo painel e da opção de freios ABS, pioneirismo entre os nacionais. Mas, analisando-o de lado, percebia-se que era o mesmo carro de 1984, estratégia exatamente igual a de seu principal concorrente, o Monza.
Mesmo sendo uma renovação meia-boca, que nem se comparava à terceira geração do Passat europeu, o novo Santana “causou” no Braçil e ganhou o prêmio Carro do Ano 1991 da revista Quatro Patas Rodas. No mesmo ano, ganhou uma cópia autorizada da Ford (já que as duas montadoras integravam o grupo Autolatrina, que, como todo cartel no Brasil, não durou muito tempo). Era o Versallies (Galaxy na Argentina), que apesar de ser a mesma coisa, era muito melhor do que o Santana na visão dos Fordistas, e que durou até 1996. O Santana também deveria sair de linha neste ano, mas, como a VW adora manter produtos obsoletos em linha, deu um ligeiro tapa na linha e seguiu em frente.
Na linha 1997 chegava as versões Evidence e Exclusiv, ambos com motor 2000, que substituiram respectivamente GLi e GLSi. Pra quem até hoje não sabe as diferenças dessas duas versões e não sabe qual foi o melhor, preste atenção. O Evidence era uma versão intermediária com toques esportivos no visual, com aerofólio com brake light, faróis de neblina, rodas de liga leve 14", frisos na cor da carroceria, suporte de placa fumê e antena no teto.
Já o Exclusiv era o pika das galáxias, o topo de linha, com rodas diamantadas, frisos prateados (que em 1998 passaram a ser mais estreitos e na cor do carro) e aerofólio com brake light. Entre os opcionais havia bancos de couro, teto solar elétrico e até câmbio automático. Portanto se estiver garimpando um Santana da safra 1997, procure um Exclusiv!
E anda? O.o
A última mudança da velharia ocorreu em 1998. Tiraram o quebra-vento dos vidros dianteiros, que outras bixeiras já haviam abandonado a muito tempo atrás. Além disso, logos, rodas, parachoques alisados e faróis tinham mais a ver com os Volks da virada do século XX.
Com o passar do tempo o carro só perdeu status, mesmo competindo com velhinhos de cadeiras de rodas, como Vectra e Marea. O fim da Quantum ocorreu em 2002 (tinham parado a produção meses antes, mas ela ficou encalhada nas concessionárias, mesmo a preço de Parati 1.0). Com bancos de Gol 1.0, acabamento e equipamentos capados, o sedan durou até maio de 2006, falecendo pouco antes de ver seu neto Jetta se dar igualmente mal nas vendas, diante do Ford Fusion.
Donos
Ninguém quer mais um Santana. Talvez, só as rodas…
Antigamente quem tinha Santana eram famílias de bem com a vida, de classe média alta, ou mesmo os novos-ricos que começaram a surgir. Hoje o Santana é utilizado por pessoas de perfil bem definido, como policiais civis, manos rebaixadores, xuneiros adeptos do som forte, velhinhos que jogam dominó, truco, Uno e baralho na praça, taxistas aposentados, donos de granjas ou funerárias (só pode ser isso para ainda querer uma Quantum).
- 491% utilizam peças de Gol para pequenos e médios reparos
- 399% tem mais de 65 anos
- 388% utilizaram martelinho de ouro em consertos de acidentes graves (e deu certo!)
- 315% são pobres que querem conforto, espaço e potência por menos de R$ 10.000
- 273% fedem a cigarro, perfume barato, mofo ou a esperma
- 248% são tiozões ignorantes que só gostam de carro velho
- 184% cantarolam no carro (porque não tem rádio)
- 148% andam de quebra-vento abertos (porque não tem ar-condicionado ou pregui$$a de usá-lo)
- 127% estão em estado de lixo, com os instrumentos sem funcionar, faróis queimados e falta de alinhamento
- 111% colocou volante de Gol GIII (é bem mais comum do que se pensa!)
- 98% retirou os cintos de segurança do banco de trás (os taxistas)
- 85% são manolos que jogaram o Çantanera no chão, meteram Orbitais 17" e turbinaram o APzão 2000, mas que mesmo assim só levam benga dos Golzin, muito mais leves
- 23% colocaram autorrádio que receberam de presente
- 2% possuem Santana Executivo, dos quais 0,8% mantém as borrachinhas que tapam o furo da antena intactas
- 0,1% conseguiu trocar diretamente um quilo de ouro num Santana (é o garimpeiro da abertura)
Verdades
Foda-se que ele foi reestilizado vinte vezes, o Santana continua com as portas do modelo 1984!
- O Santana Vista chinês, tirando pelo visual poluído e pela imitação de madeira no painel, é um carro mais decente que o equivalente brasileiro. Lá, tem sensores de estacionamento, câmbio automancático (só quatro marchas), air-bags, teto solar, descansa-braço, CD Player com MP3, EBD e freios ABS, além de três opções de motor: 1.6, 1.8 e 2.0. Assim como o Santana do Braçil, tem poucas cores: branco, prata e azul marinho. O fim do Santana chinês está marcado para 2012.
- O Santana é considerado o Crown Victoria brasileiro, por ser uma barca que já foi um senhor carro de luxo, mas ficou antiquado e passou a ser muito utilizado como táxi e viatura de polícia, e ficou em linha por muito mais tempo do que deveria ficar (pasmem, o Ford Crown Victoria só saiu de linha em setembro de 2011!!).
- O Santana até meados de 1997 tinha um acabamento de dar inveja aos carrinhos de hoje, mas depois da reestilização de 1998 virou uma tristeza que só!
- Uma vez há muitos anos atrás, o pai do Rafael procurou a Localiza pra alugar um carro "de luxo", de preferência o Vectra, que na época ainda era a referência de sedan foda. A locadora o trollou entregando um Santana preto com bancos de couro.
Nos EUA, o Santana era o Quantum!!!
- Apesar de usar o famigerado motor AP (Alta Porcaria), Santana que se mete em racha só leva benga. Talvez seja porque além de pesar mais que o Gol, os Golzeros são mais ousados e "investem" mais, extraindo 500 cv da bixeira.
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No Japão, o Santana era vendido sob a parceria da Nissan, com motor de 5 cilindros do Audi 100 e cambio automático de 4 marchas!
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Os europeus poderiam optar pela versão Syncro, com tração integral e motor vindos da Audi, mais precisamente do seu "primo rico" Audi 100…
- Atenção ao se meter com donos de Santana, pois muitos deles são nazistas, respeitando a origem do modelo. Os taxistas donos de Santana também são muito mal-humorados e podem mudar repentinamente de trajeto caso você bata a porta com força ou quebre uma peça...
Essa Quantum é de respeito!
- Nem os taxistas mais querem Santana, hoje eles andam de Meriva, Idea ou Livina.
- O Santana em seus tempos áureos era muito melhor acabado que o Jetta, sem contar que o novo VW não tem personalidade.
- O Santana ficou tão diferente após as várias plásticas que o Silvio Santos ficou com inveja.
Quem tem pôneis aqui?
- Bob Sharp (que já foi piloto da Quatro Rodas e atualmente está na revista Carro) era chefe de competições da VW nos anos 1980 e conseguiu que a marca adotasse freios a disco ventilados e pintura branca no Santana (a marca não gostava da segunda ideia, por fazer o sedan parecer uma geladeira).
- Alguns trabalhadores choraram a morte do Santana, não pela descontinuação do sedan em si, mas sim porque levariam da Volkswagen um belo pé na bunda...
Reestilização megamente medonha do Santana na China