Chevrolet “Chevellenger” (Caldeirão do Xunning)

Pois é "fellas", cá estamos novamente com mais um post com alguns meses de atraso da série Caldeirão do Xunning. No episódio de hoje, contaremos a história de Cosme e seu “golpe de sorte”. Não entendeu? Vou explicar:

Isso me dá medo! O.o*

Luciano Huck e sua equipe foram para São Paulo/SP para “caçar” mais um carro quebrado pelas ruas da capital paulista, usando o mesmo formato do que rolou no Rio de Janeiro, onde Alan e seu Chevette “APzaum” turbo foram localizados por Huck com a ajuda do Centro de Operações do Rio de Janeiro e em parceria com a CET-Rio. Em São Paulo, eles contaram com a estrutura do Centro de Operações da CET/SP, com suas pouco mais de 400 câmeras espalhadas pelas principais ruas da cidade e com o auxílio de 700 “águias” (pessoas localizadas no alto de prédios que monitoram o tráfego durante o dia) e outros milhares de “marronzinhos” espalhados pelas ruas da capital.

Os irmãos Luiz e Márcio que por azar (ou não) não foram escolhidos para o Lata Velha

Como no Rio, a caça começa as 8:00 AM na central da CET. Passa 1 hora e nada, 2 horas e nada, e quando estava chegando na terceira hora de espera aparece um chamado de um carro quebrado: era um VW Kombi com problemas no acesso ao túnel Ayrton Senna. E lá vai a equipe da CET e a do Caldeirão atrás do carro. Chegando lá, os irmãos Luiz e Márcio que usavam o carro tiveram o azar (ou seria sorte?) de não serem os escolhidos pelo Lata Velha. Primeiro: foi um problema elétrico que foi solucionado assim que o guincho plataforma da CET chegou e o segundo motivo é de a Kombi não pertencer a dupla que estava utilizando o veículo (???), para tristeza dos irmãos (eles não sabem do que escaparam, isso sim).

Cosme e Huck a beira da rodovia

Como já estavam “em campo”, decidiram ir percorrendo a cidade em busca de algum outro carro. Eis que surge um chamado pelo rádio, sinalizando que um Ford Escort (linha “Europa” 1993-1998) com problemas. Eis que aparece Cosme, morador da cidade de Osasco/SP e que trabalha com instalação de cabeamento de telecomunicações (internet e afins) como piloto de fuga motorista do carro. Quando perguntado se o carro era dele, a resposta foi não, e Huck “voa no pescoço” de Cosme por ter o azar de encontrar mais um carro quebrado que não fosse do próprio dono. Quando Huck estava saindo, Cosme dispara: “-Ei, mas tenho um Chevette com os dois pneus furados!” (se ele tivesse ficado quieto… ¬¬*).

Cosme contando a Huck parte de sua história sofrida, mas sem perder o sorriso no rosto

Ao ouvir isso, Huck volta e começa a conversar com Cosme. Nessa conversa, Cosme, que veio do interior da Bahia, conta como foi a sua infância difícil até os dias atuais (se eu fosse contar o que ele falou daria um post só dessa história!). No meio da conversa, Luciano decide ir conhecer a família Restart de Cosme e lá vão os dois para Osasco conhecer o “humilde cafofo” de Cosme e sua família.

Huck junto com Cosme e sua família em sua humilde casinha

Huck, após conhecer o lugar, a esposa e os filhos de Cosme, decide ir ver a situação do Chevrolet Chevette SL 1984, que por sinal estava com uma placa de “vende-se” essa merda, em cima da calçada e com 2 dos 4 pneus arriados, sem contar o motor que (não) foi arrumado por um “mexânico boca de porco” e teve peças trocadas por outras piores (quando achamos que pobre não pode se ferrar mais ainda…). Mas o que chamou a atenção de tudo isso é que, mesmo ferrado, Cosme não tirava o sorriso do rosto, o que serviu como uma bela lição de vida para o apresentador (e você reclamando da vida… aprende aí manolada!).

Cosme mostrando o Chevette a Huck

Terminada a conversa, Huck decide qual a prova que Cosme terá de passar para ter o seu Chevette de volta: interpretar nada mais nada menos que o cantor Renato Russo, da banda Legião Urbana, um dos grandes ícones da cena rock brasileira, cantando a música “Pais e Filhos” (um desafio e tanto e que combinou com a história do rapaz). Desafio aceito, Cosme e toda sua turma vão para o Rio de Janeiro, enquanto o “Chevas” vai para o Garage 69 59 ser xunnado ao extremo completamente modificado.

Cosme e o ator Bruce Gomlewsky nos primeiros ensaios (acima), enquanto o Chevette era xunnado modificado na alfisina oficina (abaixo)

Xunileiro em ação!

Um detalhe: como o Cosme não disse como queria receber o seu carro, Luciano Mr Xunning Man Huck decidiu por conta própria como seria (podem esperar que boa coisa não vai sair! O.o*). Enquanto isso no Projac, Cosme conhece o ator Bruce Gomlewsky, que interpretou Renato Russo no teatro e na série de TV “Por toda minha vida”. Conversando com o ator, viu-se claramente que Cosme tinha o dom da interpretação e cantava muito bem, o que tornou as coisas fáceis pro lado dele.

Cosme mandando ver no palco do Caldeirão, sem playback!

Chegada a hora da apresentação, Cosme surpreende e encara tudo sem ajuda de playback, deixando todos emocionados com sua bela apresentação (que me fez lembrar a da família Restart “Jackson 5” no quesito perfeição, mas pena que o carro não teve a mesma aprovação…). Como sempre, o "carro" volta para o dono. Antes ele era assim:

Estava caidinho, é verdade, merecia uma restauração, mas…

É um carro com 27 anos de fabricação, aparentemente não apresentava sinais de ferrugem e estava bem alinhado. Merecia uma restauração, mas infelizmente o resultado esperado é sempre outro:

…veio o Luciano Xunning Man Huck fuder com a porra toda! O.o* (idéia dele de colocar a frente do Dodge Challanger!)

Eis o monstrinho carro (?) do Cosme (#Ah vá! Eh Memo?)! Lembrando que boa parte das modificações feitas no carro foi seguindo o mau gosto do Luciano Huck. Vamos as enjambrações modificações: pintura azul “candy” (a única coisa que se salva neste xunning!) com faixas laterais, parachoques envolventes incorporados ao carro (???), rodas esportivas importadas da Inglaterra (Zetta Wheels ZT357) calçadas com pneus Goodyear aro 18”.

No interior, predominam as cores amarelo ovo e branco (vai encardir um monte!), com destaque para os forros de porta e assentos com costuras lembrando aqueles sofás antigos de consultório médico! No painel, mudança no quadro de instrumentos com uma relojoaria básica e volante encapado (pra que isso? o.o*) e o logo da Garage 58 1/2 59 nos assentos e volante (não prestaram nem para fazer um encosto de cabeça #MãoDeVaca ¬¬”).

Mas o  melhor (ou seria pior?) vem agora: a frente do carro foi feita inspirado no Dodge Challanger (heresia colocar dianteira de Dodge num Chevrolet) com faróis “angel eyes” e grade tirada sabe-se lá de onde, e o conjunto óptico traseiro diferente, composto de três círculos de leds (que de tão diferente eu não sei se gosto ou odeio isso o.o*), além é claro dos retrovisores com repetidores de pisca embutidos e bocal do tanque vindo das motos esportivas, praticamente a mesma receita do Chevette “Extreme Xunning” do Alan (se bem que este ainda não chega aos pés do “Extreme” ainda).

Cosme e seu novo carro (???) feliz da vida (ou não) 

Mas ainda não acabou! Depois de ter recebido seu carro, Cosme e sua família recebem mais uma surpresa (muito boa por sinal): a casinha humilde deles foi reformada e recebeu móveis novos. Tudo isso surgiu da iniciativa dos próprios xunneiros mecânicos do Lata Velha (se foram eles eu não sei, mas a “caca” que fizeram no carro não se repetiu na casa). Em resumo: ainda rolou um “mini Lar Doce Lar”, para alegria de Cosme e sua família!

Veredicto:

Cosme em sua humildade conseguiu muito mais do que imaginava: ganhou um carro (xunadão, é verdade) e uma reforma em seu “cafofo”, fora a grana dos patrocinadores do quadro para um futuro melhor. Quanto ao carro, bem, é mais um xunning dos brabos como sempre, mas que ainda fica atrás do “Chepalão Xunadão” do Alan do RJ.

Assim termina mais um episódio mais atrasado que ônibus em dia de greve do Caldeirão do Xunning. Espero que tenham gostado do novo logo nas fotos. Continuem com a gente!

Fotos: Divulgação / Reprodução Kiko Molinari Originals®/TV Globo. Arte, texto e edição: Kiko Molinari Originals®